Conca: 'A cada dia me sinto mais em casa'
Em entrevista ao LANCENET!, argentino declara a relação de amor que vem tendo com o Flu
Conca sempre priorizou a renovação com o Fluminense (Crédito: Cléber Mendes)
Edgard Maciel de Sá, Guilherme de Paula Machado e Ricardo Napolitano
Ele tem apenas 1,68m, mas já mobilizou uma torcida inteira pela sua permanência. A campanha Fica, Conca! deixou clara a importância de Dario Leonardo Conca para o torcedor do Fluminense. Depois de ter seus direitos adquiridos pela Traffic e assinar por três anos com o Tricolor, ele tem agora a responsabilidade de comandar o time em campo em 2009.
Tímido, carismático e querido pelos companheiros, Conca lembrou a angústia que passou até renovar contrato. Neste papo com o LANCENET! o meia deixou claro que sempre priorizou o Flu e disse estar pronto para o desafio de ser o camisa 10 tricolor.
Como você lidou com a novela que virou a renovação?
Foi difícil terminar o Brasileiro e sair em férias sem saber do meu futuro, pois deixei o Flu e minha situação não tinha definição alguma. Não sabia se voltaria nem o que aconteceria comigo. Graças a Deus, deu tudo certo e voltei a trabalhar onde queria.
Mas você procurava informações sobre o assunto?
Acompanhei pelos meus empresários. Não fiquei assistindo televisão nem lendo jornal. Foi um momento difícil, mas felizmente tudo deu certo no fim.
Sua vontade pesou?
Claro. Quando saí em férias falei para os meus empresários que a minha prioridade era o Fluminense. Gostei muito de jogar aqui. Eles me respeitaram e isso foi o mais importante.
Como fazer para recuperar o tempo perdido?
Conca: Sei que cheguei quase no fim da primeira semana de treinamentos, mas agora é trabalhar muito para recuperar o tempo perdido. Isso é a prioridade no momento. Quero fazer uma bela pré-temporada acima de tudo.
Essa pressão por ser o dono da camisa 10 lhe incomoda?
Estou muito tranquilo com relação a isso. Trabalho para não decepcionar a comissão e os torcedores. Todo mundo que veste uma camisa tão importante quanto essa está consciente da responsabilidade. Fiquei feliz quando ganhei a 10, mas quero ajudar, independentemente do número.
A campanha da torcida pela sua permanência surpreendeu?
Agradeço por tudo o que a torcida fez por mim e agora é responder em campo, pois é o que eles esperam. O que a torcida fez não acontece todo dia e é motivo de orgulho para mim. A cada dia me sinto mais em casa no Fluminense.
O que falta na sua história com o Fluminense?
Todo jogador quer títulos, mas, primeiro, precisamos treinar muito para entrosar o time. No papel temos um elenco muito forte, mas na prática é outra história.
É bom ter o Leandro Amaral ao seu lado de novo?
Jogar ao lado dele é um prazer. É um jogador diferenciado. Todo meia quer dar assistência para um atacante de alto nível. Mas há outros atletas de qualidade e vou batalhar para ajudá-los a fazer gols.
Como você avalia o elenco?
Quem saiu deixou uma lembrança muito boa. Eles marcaram seus nomes no grupo e partiram para outras oportunidades. Mas o Flu contratou ótimos reforços.
Há favorito no Carioca?
Não. E é muito cedo para falar, pois a maioria dos times nem começou a treinar a parte tática. Será muito bom, pois os clubes estão formando belas equipes.
E a timidez com a imprensa? Está diminuindo?
Não costumo falar tanto, mas não é nada contra a imprensa. No início da carreira ninguém me procurava para entrevistas e, por isso, me acostumei a ficar quieto (risos). Também não existe isso de ser tagarela. É tudo invenção dos companheiros. Sou apenas um cara muito tranquilo.
Fonte: Lancenet.com