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Notícias do Fluminense

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Estudantes chilenos se acorrentam à Embaixada brasileira em protesto

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Colaboração para a Folha Online

Dois estudantes chilenos acorrentaram-se hoje à porta da Embaixada do Brasil em Santiago do Chile, durante protestos contra a Lei Geral de Educação (LGE), promovida pelo governo de Michelle Bachelet e que aguarda aprovação pelo congresso.

Segundo o secretário Alexandre Brasil, da Embaixada, os estudantes permaneceram acorrentados por cerca de meia-hora, durante o horário do almoço, e depois foram levados pela polícia.

Outros oito estudantes invadiram o terreno da residência do embaixador brasileiro, anexa à representação, mas permaneceram pouco tempo, segundo o secretário.

Os estudantes pediam ao governo brasileiro solidariedade a sua causa, mas dois diplomatas, "numa conversa tranqüila", explicaram-lhes o país não poderiam se envolver com suas demandas por se tratar de uma questão interna chilena, disse Alexandre.

A embaixada localiza-se no centro da cidade, região por onde cerca de 5.000 estudantes secundaristas e universitários fizeram uma passeata.

Na semana passada, a Embaixada argentina também havia sido ocupada por estudantes, segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty.

Incidentes menores

A maior parte dos manifestantes desceu pacificamente a avenida Providencia até a praça Italia, localizada no centro da cidade. Segundo o subsecretário do Interior, Felipe Harboe, aconteceram "incidentes menores" e trinta manifestantes foram detidos.

Em várias partes da capital registraram-se enfrentamentos com a polícia, que dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água.

Os incidentes, segundo as autoridades, começaram quando alguns grupos de manifestantes tentaram levar a marcha em direção ao Palácio da Moeda, sede do governo chileno, e ao Ministério da Educação.

Reforma educacional

Ao menos quatro universidades, estatais e privadas, suspenderam suas atividades até que o governo atenda suas demandas, que implicam em incluí-las na discussão sobre a lei,

As organizações estudantis exigem que toda a educação básica e secundária fique novamente sob a tutela direta do Ministério da Educação, como acontecia até 1981.

Atualmente, cabe aos municípios a administração de colégios públicos, o que leva a diferenças entre a qualidade da educação em cidades ricas e pobres.

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