Renato Gaúcho concorda com declaração de Muricy Ramalho
Treinador do Flu reconhece a força do São Paulo, mas garante que seu time não é fácil de ser batido
O técnico Renato Gaúcho assistiu à vitória do São Paulo sobre o Nacional, no Morumbi, e elogiou não só a atuação do Tricolor paulista como também concordou com as declarações de Muricy Ramalho após a partida. O treinador do São Paulo, ao comentar o confronto com o Tricolor das Laranjeiras pelas quartas-de-final da Libertadores, disse que o Fluminense é um time técnico, enquanto o São Paulo é mais competitivo.
– O São Paulo tem um time muito forte, muito bom nas bolas aéreas. E acho que o Muricy não está errado. O Fluminense é mais técnico, e vamos tentar nos igualar na força para ver se a nossa técnica sobressai no confronto. Acho que o São Paulo leva uma certa vantagem sobre nós pela experiência que tem na Libertadores, mas levar vantagem não quer dizer que é favorito. Vai ser tão difícil para nós vencê-los quanto para eles será nos derrotar. Será um clássico com cento e oitenta minutos de duração – analisa.
O treinador tricolor não escondeu a preocupação com o atacante Adriano, que tem sido o grande destaque do São Paulo na temporada.
– Claro que o Adriano preocupa. É um grande jogador, tem muita qualidade e está decidindo os jogos para o São Paulo. Não há como não me preocupar – diz.
Renato, porém, rebateu quando perguntado se o São Paulo seria o primeiro grande adversário do Fluminense na Libertadores e se estava torcendo para que o Nacional se classificasse.
– Não tivemos jogos fáceis, e nem vamos ter. O São Paulo chegou por méritos, nós chegamos por méritos. Teremos de nos enfrentar, e vamos encarar. Agora é matar ou morrer. Vamos torcer para que os nossos jogadores voltem a jogar o que eles podem para a gente tentar chegar à semifinal.
Arouca é posto em xeque após oito anos
Volante, revelação de Xerém, promete empenho para recuperar o prestígio
Durante muitos anos, o volante Arouca fez parte de um trio de ouro que orgulhava todo torcedor do Fluminense e era a certeza de um futuro melhor para o clube que vivia uma época de vacas magras: Toró, Arouca e Juliano. O primeiro foi para o Flamengo e passou de craque-revelação a jogador-operário, alternando altos e baixos. O terceiro não correspondeu às expectativas no profissional do Tricolor e acabou emprestado para clubes menores. Atualmente, defende o CRAC-GO. O único que vingou foi justamente Arouca, que se transformou num xodó da torcida tricolor.
Só que o xodó, após oito anos defendendo a camisa tricolor, pela primeira vez começa a ser contestado pelos críticos, pela torcida e até mesmo por Renato Gaúcho, que o colocou no banco no último jogo, contra o Nacional de Medellín-COL, no Maracanã, pela Libertadores. Nesta quinta, nas Laranjeiras, Arouca mostrou-se desconfortável com a inédita situação, mas prometeu empenho dobrado para voltar a ser o jogador eficiente em quem a torcida sempre confiou.
- O auxiliar do Renato conversou comigo e me disse que eu ia ficar no banco contra o Nacional. Procurei entender porque sei que é o Renato quem manda. Todo mundo sabe que o time tem oscilado, e eu faço parte desse time. Claro que sei que posso jogar mais, por isso tenho me empenhado e vou continuar me empenhando para mostrar meu valor. Nunca havia passado por esta situação de ficar no banco, e sei que meu retorno está ligado ao meu desempenho. Eu só gostaria que as pessoas entendessem que não é fácil jogar a Libertadores, e que eu tenho me doado em prol do time, correndo muito, mas aparecendo menos do que o de costume – queixou-se.
O jogador, que tem apenas 21 anos, mas já atuou 179 vezes pelo profissional e marcou nove gols, há três lê e ouve que está vendido para o futebol europeu. Mas o coordenador de futebol, Branco, assim como os que já passaram pelo cargo, diz que Arouca continua no Tricolor e que o clube já entrou em contato com Richard Alda, procurador do atleta, para renovar seu contrato, que termina em abril de 2009. Alheio às questões extra-campo, Arouca tem apenas um objetivo: voltar a brilhar.
- Não vou desistir nunca. Quero me doar ao máximo, pois minha cabeça está e sempre esteve no Fluminese. Além disso, sonho em disputar as Olimpíadas e vou dar tudo de mim para conseguir este objetivo - afirma.
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